O nome da gente é uma das referências mais importantes da vida, mostra quem somos, nos personaliza e até dos diferencia dos outros. Algo simples, mas tão importante!
No caso do meu filho, havia um nome composto na certidão de nascimento original dele. A questão é que, quando ele chegou em nossas vidas, nos foi apresentado pelo segundo nome. Ele somente se reconhecia pelo segundo nome. Só que a burocracia da vida não tem a delicadeza tão necessária em alguns momentos. Quando íamos ao médico, por exemplo, mesmo já tendo a guarda, por causa dos registros, os profissionais sempre queriam chamá-lo pelo primeiro nome. Nome pelo qual ele não atende, não sabe quem é. Resolver essa questão na escola, por exemplo, foi um tanto complexo. Como a burocracia precisou manter o nome de batismo, foi preciso conversar com todas as professoras para que elas tivessem a delicadeza de chamá-lo pelo nome pelo qual ele se reconhecia. Imagina a confusão que seria na cabecinha dele no processo de aprendizagem!
Tudo isso só seria resolvido mesmo quando saísse a decisão da justiça para que trocássemos os documentos ajustando o nome dele e colocando os nossos como pais. A decisão saiu. Começamos todos os trâmites de atualização. Isso inclui CPF, RG, cartão de vacinação, cartão do SUS, cadastro escolar, cadastro em laboratórios médicos, plano de saúde… uma trabalheira em seguimos felizes em cumprir, afinal, era a comprovação material de que ele agora seria nosso para sempre!
E porque eu estou contando tudo isso? Para chegar ao momento mais singelo e, aparentemente, sem nenhum glamour de emoção, que vai ficar para sempre na minha memória e no meu coração. Uma semana após recebermos a certidão de nascimento do pequeno com os dados atualizados, veio a campanha de vacinação. Ele havia completado 4 anos recentemente e tinha um ciclo de vacinas a ser atualizado. Fomos à unidade de saúde. Lá, precisei providenciar o ajuste cadastral, o que levou certo tempo de espera, mas foi concluído. Passamos então à fila de espera. Minutos depois, naquela unidade repleta de crianças, abre-se a porta e a vacinadora chama:
– Vinícius!
Que alívio! Não pelo fim da espera na UBS lotada, mas por ter, pela primeira vez na vida, ouvido um desconhecido chamar meu filho pelo nome correto, apenas tendo como base os documentos dele, sem aquela necessidade de tantas explicações, o que já tinha se tornado uma rotina para nós.
Simplesmente ele! Simplesmente o nosso!
Minha ídola… estou amando acompanhar o seu sonho, a sua história! Que o final feliz de vocês chegue o mais rápido possível e que o Vini tenha um batizado inesquecível! Beijos da sua Jú