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Amor se constrói. Confiança se conquista. Família se adota. Sim, não adianta ter laços sanguíneos se não há decisão de amar e sentir como família! Diante dessa certeza, eu sabia que nós já éramos cinco. Mas a justiça é soberana e é quem tem a decisão final. Na nossa família, os processos de adoção acabaram tendo velocidades diferentes. O pequeno precisava de um laudo da psicologia comprovando a adaptação. A mais velha tinha quer ser “testada” algumas vezes para saber se era realmente o que ela queria. Diante disso, o trâmite relacionado ao mais novo acabou saindo mais rápido. Quer dizer, não sei se um ano de estágio de convivência pode ser considerado rápido.
O fato é que o dia de poder ir ao cartório emitir a nova certidão dele com os nossos nomes nos campos de pai e mãe chegou! Ele, obviamente, não acompanhava os passos do processo de forma detalhada, afinal tem apenas quatro anos e não consegue entender tudo. Nunca escondemos nada dele nem da irmã, mas burocracia já seria demais para a cabecinha dele. Só que conexão entre pais e filhos realmente vai além de tudo isso. No exato dia em que recebemos a documentação, ele solta aquelas falas que até parecem combinadas. Na hora de dormir, Rodrigo fazia uma “entrevista” com ele, usando a mamadeira como microfone, quando pergunta:
– filho, o senhor tem mais alguma coisa a dizer, senhor?
– Sim! – ele respondeu.
– O que, senhor?
– Amo você!

Meu rosto de iluminou vendo aquilo.
Na hora, o coloquei no meu colo e ele colou a bochecha dele na minha. Deus do Céu, como explicar Teus desígnios? Não é preciso explicar, basta sentir e aproveitar.

3 Comments

  • Júlia Castro says:

    Lua! Parabéns por mais uma etapa vencida! Amo vc.

  • Maria Araújo says:

    Que orgulho. Que lição ao mundo. Parabéns amiga. Suas palavras emocionam e passa um sentimento tão bom… mesmo entendendo que não foi fácil. Você é luz no caminho.
    Bjs…

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